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In Memoriam

Raquel Seruca

Hoje, 30 de Maio de 2022, faleceu  Raquel Seruca, cientista com uma profunda convicção de que Portugal  poderia  fazer  melhor  na  investigação  e  realização  de  projectos,  nomeadamente  ao serviço  da  patologia  oncológica.  A  sua  preocupação  na  área  da  prevenção  e  tratamento  do cancro foi a grande motivação para lutar por inúmeras possibilidades de angariação de meios para projetos de novas abordagens e para a área da formação, nomeadamente bolsas e outros financiamentos.
Era  reconhecida  como  uma  mulher  inspiradora  no  mundo  da  ciência  e  era  mesmo  tida  como “uma força da natureza”.
Em 2009, Raquel Seruca recebeu a insígnia  de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República, Cavaco Silva, pela excelência da sua investigação na área do cancro do estômago. Foi ainda agraciada pela Câmara do Porto, em 2014, com a “Medalha de Ouro de Mérito Científico”. Entre os prémios recebidos pelo seu trabalho científico, recebeu duas vezes o prémio Labmed (2002 e 2003) e duas vezes o prémio Benjamim Castelman USCAP (2001 e 2012).
Investigadora no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), era vice-directora  do  Instituto  de  Patologia  e  Imunologia  Molecular  (Ipatimup). Era  ainda membro  do  Conselho  Científico  Consultivo  da  associação  norte-americana  No  Stomach  for Cancer, que apoia famílias com cancro gástrico.
Mas, é também como presidente da Sociedade Portuguesa de Genética Humana (SPGH), papel que geriu com entusiasmo, que a recordamos. A Genética Humana terá sempre presente esta grande visionária de um futuro, que foi tornado presente em cada concretização conseguida. A amiga  e  colega,  Raquel  Seruca,  ficará  para  sempre  na  história  da  SPGH  e  no  registo  científico mundial, que “escreveu” com rigor.

Maria de Sousa

A Sociedade Portuguesa de Genética Humana(SPGH) manifesta com profundo pesar a partida da Profª Maria de Sousa. Eminente investigadora, reconhecida internacionalmente principalmente na área da imunologia, deu um contributo inestimável para o desenvolvimento da ciência em Portugal. Para além da investigação que desenvolveu com extremo rigor, exigência e sentido crítico, deu um contributo determinante para a implementação e desenvolvimento do primeiro programa doutoral da Universidade do Porto na área da biologia básica e aplicada. A Profª Maria de Sousa foi ainda, como colaboradora da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, a principal responsável pelo desenvolvimento da avaliação científica independente da investigação realizada em Portugal na área das ciências da vida.

A SPGH teve a honra de receber contributos da Profª Maria de Sousa por diversas ocasiões, para além de trabalhos científicos apresentados pelos seus alunos nas reuniões desta Sociedade, destaca-se a sua presença como moderadora na 7ª reunião anual da SPGH, numa sessão em que se comemoraram os 50 anos da descoberta da estrutura do DNA.

É com eterna saudade que a SPGH apresenta à família da Profª Maria de Sousa, assim como às diversas Instituições em que a mesma trabalhou, a sua homenagem pelos diversos contributos que a Profª Maria de Sousa deu ao desenvolvimento da ciência em Portugal. Com a sua partida, ficamos cientificamente mais pobres mas com os horizontes científicos mais alargados face à clarividência, ao saber e ao sentido crítico construtivo que a Profª Maria de Sousa sempre nos proporcionou.